16 de maio de 2010

É tanta coisa que nem sei...


"O mundo é um clichê. E pior, muito pior será o dia em que colocarem essas flores falsas sobre a minha sepultura"!

Rosas de Vidro

Arranco estes versos de alguma
Parte obscura de minha alma!
O que não posso gritar aos
Quatro ventos, escrevo nestas
Linhas inexatas, como se meu
Lamento escorresse pelas pontas dos
Meus dedos trêmulos de tanta apatia!

Minhas rimas medíocres se tornam
A cada dia vazias e descoloridas,
Como um filme em branco e preto
Sem começo, meio ou fim!
Essas flores que hoje balançam
Ao sabor do vento de inverno...
Ah, este inverno que me devasta!

Sem um abraço, sem um sorriso,
Apenas lágrimas que irrompem
Impetuosas de meus olhos castanhos
Já habituados e cansados de pranto.

E os gritos mudos ecoam em minha
Alma dilacerada por tua ausência,
Pela falta que me faz teu abraço,
Tua calma, tua respiração, te ver dormir...
Fragmentos de minha vida se unem
À lembranças infantis de tua presença.
Vou caminhando entre espinhos!
Entre rosas de vidro, ilusões e saudade.
Onde o nada se faz palpável!

Juliano Cruz
18/07/2009 – 18:53h

2 comentários:

  1. Eis o dono de versos ocultados! Tristes? E daí? A tristeza tem beleza.

    Bom domingo, meu amigo! Que haja rosas, ainda que com espinhos.

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  2. Se o nada é palpável...então ele tornou-se algo...

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