7 de dezembro de 2012



Depois de meses sem escrever, volto com um poema que fiz uma noite dessas. Ele não tem nome, mas tem alma.


 
 
Cansei de esperar!
As rosas que deixei sobre a cama
Já feneceram, e estou sem forças
Para me levantar e fechar a cortina.
O sol já invade violentamente este quarto,
E as fotos que restaram já transformaram-se
Em cinzas junto com as poucas lembranças
Que eu fazia questão de salvar dentro de mim.

Amanheci na noite em que te encontrei,
Mas agora, resta-me beber as trevas
Da tua falta que enche cada espaço vazio,
Brota das paredes, mina do chão de carvalho
Como uma fonte de lembranças mortas e saudade.
Mais uma noite insone, mais alguns sonhos desfeitos,
Mortos...
E a sensação terrível de que me roubaram
Tudo o que eu era ao teu lado.

Juliano Cruz
16/11/2012 – 22:36h