1 de junho de 2010

Talvez uma imposição da vida...


Prisioneiro

Sou prisioneiro de mim mesmo;
Sou quem não pedi para ser.
Um estranho até para mim mesmo;
Nada mais que um reflexo no espelho.

Sou prisioneiro! Eu mesmo me atei
A estes fatos inquestionáveis;
A este sentir tudo que quase me mata!
Cá estou: aprisionado, atado,
Amordaçado e sem mais nada
Que me possa ser roubado.
Eu sou obrigado a viver uma
Vida que sinto não ser minha,
A ter sonhos que eu não queria.
E o que vejo no espelho
É apenas uma pergunta, uma incógnita.

Sou prisioneiro de mim mesmo;
Sou quem não pedi para ser.
Um estranho até para mim mesmo;
Nada mais que um reflexo no espelho.

Juliano Cruz
31/03/2010 (noite)

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