28 de junho de 2010

Agonia...


Anjos chorosos caminham por essas
Ruas quaisquer de inverno.
Perdidos numa estrada vazia,
Presos entre passado e futuro,
Gritam suas dores em lamentos insólitos,
Como se fosse a última chance de uma
Ínfima felicidade!
Ó, esperança fugaz!
Ó, gritos de dor e amor!

É hora de caminhar, mas não
Sei se o posso fazer sem que
Tenha por perto quem um dia me
Não consigo me viver, caminhar,
Prometeu amor e paz eternos!
Acordar sem que pense, a cada dia
Que minha vida dissolveu-se como
Um castelo de areia ao sabor de uma onda.
E vejo morrer em mim tudo aquilo que já
Agonizava há tempos!
E não consigo traduzir o que se passa
Em meu peito, o que inunda minha
Mente inquieta como gotas ferozes.

Não há perturbação que resista à paz de teu abraço,
Não há noite que persista ante a luz de teus olhos.
Mesmo que você não veja, meus olhos, na multidão,
Procuram pelos teus. Minha carne, em desespero,
Grita pelo teu abraço, teu calor...

Juliano Cruz
19-28/06/2010

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