Depois de meses sem escrever, volto com um poema que fiz uma noite dessas. Ele não tem nome, mas tem alma.
Cansei de esperar!
As rosas que deixei
sobre a cama
Já feneceram, e estou
sem forças
Para me levantar e
fechar a cortina.
O sol já invade
violentamente este quarto,
E as fotos que
restaram já transformaram-se
Em cinzas junto com
as poucas lembranças
Que eu fazia questão
de salvar dentro de mim.
Amanheci na noite em
que te encontrei,
Mas agora, resta-me
beber as trevas
Da tua falta que
enche cada espaço vazio,
Brota das paredes,
mina do chão de carvalho
Como uma fonte de
lembranças mortas e saudade.
Mais uma noite
insone, mais alguns sonhos desfeitos,
Mortos...
E a sensação terrível
de que me roubaram
Tudo o que eu era ao
teu lado.
Juliano Cruz
16/11/2012 – 22:36h